Secretários de Educação tiram dúvidas sobre plano para retomada das aulas presenciais

O cenário epidemiológico do momento é favorável à volta às aulas presenciais. A afirmação é da doutora Maria Paula Jacobucci Botelho, presidente da Comissão de Biossegurança da Secretaria da Saúde de Maringá. Nesta quarta-feira, à tarde, ela participou de reunião extraordinária da Câmara Técnica da Educação da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep). O encontro, por videoconferência, foi uma solicitação dos gestores da área para esclarecer dúvidas sobre o Plano de Contingência para a retomada das atividades com os alunos nas escolas.

A coordenadora da Câmara Técnica, secretária Municipal de Educação de Maringá, professora doutora Tânia Regina Corredato Periotto, explica que a realização de um encontro extraordinário foi definida na reunião mensal do Colegiado. “A doutora Maria Paula participou do nosso encontro mensal, mas, por causa da complexidade e dos questionamentos sobre o teor do Plano de Contingência, fizemos o convite para que ela voltasse para uma nova sessão de tira-dúvidas”, destacou.

 

Efeitos e prevenção

Durante a reunião, a doutora Maria Paula, apresentou uma série de estudos relacionados ao contágio, efeitos da infecção e prevenção contra o novo coronavírus. Destacou a eficácia das vacinas aplicadas na população brasileira. Ressaltou que o uso da máscara facial será uma necessidade, ainda, durante algum tempo. Afirmou que as crianças se infectam menos, apresentam quadros menos graves da doença e têm um poder de transmissão menor do que o observado nos adultos.

Explicou que o ambiente escolar deve estar preparado para receber e acolher bem os alunos. Que os professores podem abraçar as crianças e demonstrar outros gestos de afeto. Que os parquinhos podem ser usados e as brincadeiras estão liberadas, desde que se respeite o distanciamento de um metro entre uma pessoa e outra, observe o uso da máscara facial e se oriente que, após as atividades, as mãos sejam lavadas com água e sabão ou faça uso do álcool em gel.

 

Próximo de zero

Baseada em pesquisas realizadas e publicadas pelos renomados centros de estudos científicos, a doutora Maria Paula disse que com todos os cuidados a chance de transmissão do vírus, no ambiente escolar, é próxima de zero. Alertou, no entanto, que no convívio com as crianças pequenas, que frequentam os centros de Educação Infantil, os professores e servidores, que mantêm contato direto com elas, além da máscara facial, devem fazer o uso do protetor de acrílico ou de óculos de proteção. “As crianças menores não usam máscara, choram, espirram, tendem a tocar mais, veem com a mão. Por isso, é preciso redobrar os cuidados dos adultos”, afirmou.

 

Dinamismo

Para a coordenadora da Câmara Técnica a reunião extraordinária esclareceu muitos pontos e proporcionou uma série de argumentos e documentos que embasam as decisões e a elaboração dos procedimentos a serem adotados nas escolas na volta das aulas presenciais. “O Plano de Contingência é um documento dinâmico. Precisa apresentar as referências e procedimentos para proporcionar a segurança dos servidores e, principalmente, das crianças. Por isso, deve ser reavaliado periodicamente, sempre que são publicados novos estudos científicos”, frisou a doutora Tânia Periotto.

A reunião teve o apoio do Programa de Cooperação Educacional da Macrorregião Noroeste do Paraná, desenvolvido pela Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria Municipal de Educação.