Prefeitos solicitam audiência com Beto Preto para falar sobre leitos de UTI na região

Os prefeitos das 30 cidades da área de abrangência da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep) protocolaram, hoje (7) pela manhã, solicitação de audiência com o secretário de Estado da Saúde, Carlos Alberto Gebrim Preto, o Beto Preto. Eles reivindicam que o encontro seja realizado nas dependências do Hospital Universitário Regional de Maringá (HU), ainda, na primeira quinzena de abril.

Na pauta, os temas centrais são a ativação da ala do HU, com capacidade para receber 108 leitos, a contratação de profissionais para atender os pacientes a serem internados no local, e o envio de reagentes para a realização de testes pelo Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (Lepac), da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

De acordo com os prefeitos, é preciso, o mais rápido possível, ativar a ala, pois o HU é a unidade de referência para atender a população dos 30 municípios, um universo de cerca de um milhão de habitantes. “Já chegaram mobiliários e parte dos equipamentos para 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas é necessário que tenhamos todo o conjunto para abrir o atendimento”, destaca o presidente da Amusep, prefeito de Mandaguari, Romualdo Batista, o Batistão, que encaminhou o ofício ao secretário Beto Preto.

Em relação ao Lepac, o laboratório tem um equipamento considerado um dos mais modernos do mundo, que realiza os exames em cerca de seis horas. A unidade foi habilitada pelo Governo, mas precisa dos reagentes para providenciar os testes. A UEM fez uma compra dos insumos, no exterior. Espera recebê-los em 20 dias. Com o material, será possível realizar mil testes; o suficiente para três semanas. “Estamos cientes da escassez mundial de tudo o que se relaciona ao combate do novo coronavírus, mas temos que ter um trabalho conjunto para responder às necessidades da população”, ressalta Batistão.

O presidente da Amusep acrescenta que a solicitação de audiência foi uma das propostas elaboradas durante videoconferência com os prefeitos, realizada na sexta-feira passada, dia três. Durante o encontro, também foram definidas as linhas estratégicas a serem seguidas para flexibilizar o funcionamento do comércio nos respectivos municípios. “Seguimos os critérios técnicos e científicos recomendados pela Organização Mundial, Ministério e Secretária de Estado da Saúde, mas, em paralelo, temos que observar as realidades locais. A partir daí, cada prefeito tomou a decisão, para abertura, monitorada, de alguns segmentos”, afirma Batistão.