“Vencemos mais um desafio e estamos prestes a comemorar a abertura do processo de licitação para a realização da obra de duplicação da rodovia PR-317, no trecho entre Maringá e Iguaraçu”. O tom da voz do prefeito de Mandaguari e presidente da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), Romualdo Batista, o Batistão, resume a satisfação dos gestores públicos e empresários com a entrega do anteprojeto para o Governo do Estado.
Para o prefeito de Maringá, a união dos integrantes do poder público com os representantes da iniciativa privada, “mais uma vez”, mostra resultados e ratifica um dos “principais diferenciais” da cidade. “A qualidade que o maringaense tem de abrir mão do interesse próprio em favor do bem-comum é reconhecida no País inteiro”, ressalta, ao lembrar que o acesso à PR-317 é o único, ainda, sem duplicação.
O prefeito de Iguaraçu, Manoel Abrantes Neto, o Nelinho, comenta ser gratificante ver que valeu a pena investir tempo e dinheiro nas inúmeras reuniões, acumular horas de negociação e rodar milhares de quilômetros para ter um “sonho coletivo” concretizado. “Com a duplicação, vamos poupar vidas, evitar prejuízos para as empresas e reduzir o desperdício dos produtos transportados pela rodovia”, ilustra, com o olhar e o sentimento do dever cumprido.
Imediato
Ao receber o anteprojeto das mãos do presidente reeleito da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), Michel Felippe Soares, o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, reafirmou que os recursos para executar a duplicação estão garantidos no orçamento. “Vou repassar a documentação de imediato para os técnicos da secretaria fazerem os ajustes necessários para a publicação do edital de licitação da obra. Vocês fizeram a lição de casa. Agora, é a vez de o governo fazer a dele”, disse.
Sandro Alex explicou que, na gestão do governador Carlos Roberto Massa Júnior, o Ratinho Júnior, a duplicação será a primeira grande obra do Estado a ser viabilizada pelo Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC). “Além de proporcionar mais transparência na contratação do prestador de serviço, o modelo impede a adoção de aditivos e, neste caso, a vencedora terá que incorporar uma inovação ao projeto”, reforçou.
Michel Felippe recordou que o anteprojeto foi viabilizado por um grupo de empresários e cooperativas. “Foi um investimento de cerca de seiscentos mil reais”, informou. O líder empresarial acrescentou que a decisão do governador Ratinho Júnior, em adotar o regime de RDC, foi essencial para tirar o “sonho do papel”. “Se tivéssemos que apresentar o projeto executivo, o custo seria dez vezes superior, o que, praticamente, inviabilizaria todo o processo no tempo em que ele foi concluído”, frisa.
Vinte quilômetros
O trecho a ser duplicado tem a extensão de 20 quilômetros. Levantamentos indicam que, por dia, mais de 15 mil veículos circulam pela rodovia. Acidentes são comuns, a maioria com vítimas. A previsão do governo é de que sejam investidos cerca de R$ 200 milhões na conclusão da obra.