Comitê Gestor define setores a serem contemplados em projeto de desenvolvimento territorial

Reunir, até o dia 10 de setembro, a maior quantidade possível de informações sobre os setores de pecuária leiteira, hortigranjeiro, manejo e conservação de solo, criação de bicho da seda, produção de grãos, e uso e aplicação de herbicidas. É a missão de um grupo de trabalho que vai elaborar o primeiro projeto da Unidade Mista de Desenvolvimento Territorial (UMDT). O prazo foi definido nesta quinta-feira (29), durante reunião do Comitê Gestor da iniciativa, realizada na sala de reuniões da Reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Idealizada por representantes da UEM, Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), e Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), a Unidade Mista tem por objetivo promover o aprimoramento tecnológico, a partir de ações inovadoras, que revertam em mais renda; melhora na qualidade de vida; e contribuam para fixar o homem no campo. “É uma iniciativa inédita, que reúne o que cada parceiro tem de melhor para produzir riqueza no território da Amusep e ser levado para outras regiões do Estado e do País”, diz o reitor da UEM, professor Júlio César Damasceno.

Com dos dados em mãos, o grupo de trabalho vai verificar quais setores são prioridades, neste momento, e passar a elaborar o projeto. “A partir das informações disponíveis, vamos estabelecer metas, planejar as ações, propor indicadores, definir as responsabilidades dos parceiros, e dimensionar os recursos necessários para colocar a ideia em prática”, explica o professor William Mário de Carvalho Nunes, do Departamento de Agronomia da UEM. Ele acrescenta que até o dia 30 de setembro o material deve estar concluído para ser encaminhado para organismos de investimentos.

 

Porta-vozes

Antes, no dia 12 ou 13 de setembro, o Comitê Gestor pretende se reunir com o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Anacleto Ortigara, para apresentar a ela as diretrizes da Unidade Mista e os impactos socioeconômicos esperados com os resultados das ações. “No dia 12, o secretário tem um compromisso em Paranavaí. Vamos aproveitar e apresentar a dimensão e o espírito inovador da iniciativa”, diz o chefe do Escritório Regional da Seab, em Maringá, Jucival Pereira de Sá.

O presidente da Emater, Natalino Avance de Souza, vai ser um porta-voz da Unidade Mista para tentar fechar a agenda com o secretário Ortigara. Ele esteve presente na reunião do Comitê Gestor e ficou entusiasmado com a proposta. “A região é o local ideal para colocar uma ideia desta natureza em prática. Agora, é preciso pensar grande, agir rápido e começar pequeno”, ressalta. O diretor de pesquisas do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Rafael Fuentes Llanillo, também presente no encontro, fez coro. “Uma estrutura do gênero, que aglutina competências da academia, pesquisa e extensão, é um sonho antigo. Tem o nosso apoio para alçar voos altos”, afirma.

 

Parcerias

Na opinião do presidente da Amusep, prefeito de Atalaia, Fábio Fumagalli Vilhena de Paiva, a cada reunião, o projeto avança, amplia os horizontes. “Trabalhamos para alcançarmos resultados a curto, médio e longo prazos”, ressalta. Ele sugeriu e foi acatado pelo Comitê Gestor que novos parceiros devem ser convidados a compor o colegiado. Serão chamados a participar integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), Sistema Federação da Agricultura do Paraná (Faep), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sebrae, Incubadora Tecnológica e secretários municipais de Agricultura.

 

Resumo

Durante o encontro, os técnicos da Emater, Joel Carneiro dos Santos Filho e Juliana Cristina Bittencourt apresentaram um raios-X da atuação do instituto nos trinta municípios da região da Amusep. Santos Filho traçou um perfil de vários setores e apontou dificuldades encontradas pelos extensionistas no dia a dia das atividades deles. Propôs que os conselhos de desenvolvimento local sejam reativados. Juliana mostrou o que tem sido feito sobre a inspeção de produtos de origem animal. Tanto nas agroindústrias, quanto no grupo de trabalho que estuda uma proposta de alterações na legislação dos municípios e na estrutura de fiscalização.