Secretários municipais criam Câmara Técnica da Assistência Social

Secretários e diretores municipais das 30 cidades da área de abrangência da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense criaram a Câmara Técnica da Assistência Social da Amusep. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (30), à tarde, durante reunião realizada na sede da entidade em Maringá.

De acordo com a secretária de Assistência Social de Atalaia, Carla Sibeli Armelim Vilhena, a Câmara Técnica vai seguir os moldes das estruturas setoriais existentes na Amusep. Serão promovidos encontros periódicos, na última semana de cada mês, para debater assuntos referentes ao sistema; definir políticas públicas de alcance regional; articular ações de forma conjunta e coordenada, para reivindicar melhorias nos serviços prestados à população; e estabelecer um ambiente para o intercâmbio de experiências entre os gestores e técnicos da área.

Soluções

Carla destaca que os gestores municipais vivem situações semelhantes de orçamento reduzido e aumento de demanda. Ela acredita que a Câmara Técnica vai ser um caminho para encontrar soluções e ampliar os horizontes dos profissionais que atuam no segmento. “A troca de informações estimula o surgimento de ideias e favorece a disseminação de boas práticas nas prefeituras”, ressalta.

Para o presidente da Amusep, prefeito de Atalaia, Fábio Fumagalli Vilhena de Paiva, as câmaras técnicas valorizam o trabalho dos servidores e dos responsáveis por auxiliar os prefeitos a administrarem os municípios. “Quanto mais capacitada e preparada estiver a equipe de secretários e os técnicos, mais eficiente será a gestão dos serviços públicos e mais qualidade terá o atendimento às necessidades da população”, frisa.

Com a Câmara Técnica da Assistência Social, a Amusep passa a ter quatro estruturas setoriais em atividade. A primeira a ser criada foi a da Educação, depois surgiram a da Contabilidade e dos Procuradores Jurídicos.

Integração

No encontro desta quinta-feira, além de definir pela criação da Câmara Técnica, os profissionais da Assistência Social acompanharam uma palestra com Tereza Maria Pauliqui Peluso. Com mais de trinta anos de experiência, a atual assistente social do Hemocentro Regional, da Universidade Estadual de Maringá (UEM) fez um resgate histórico, estimulou o debate sobre as prioridades e levou os participantes a refletir sobre a realidade do setor.

Ela afirmou que gestores e técnicos devem ter uma visão integrada da rede de atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade. “É preciso compreender o sistema. Como funciona a Saúde, a Educação. Conhecer a realidade como um todo”, recomenda.

Outra orientação é estabelecer parâmetros para medir os resultados e monitorar o quanto as ações avançam. “Temos que cruzar as informações. Saber quantos são, onde estão, como vivem e quais as necessidades da parcela da sociedade para elaborarmos políticas mais eficientes e com a aplicação mais assertiva dos reduzidos recursos que dispomos”, conclui.