Suspender as aulas da rede municipal de ensino e as atividades dos centros de Educação Infantil (Creches); e manter, apenas, o atendimento de urgência e emergência no sistema de Saúde. Foram as principais decisões tomadas pelos prefeitos das cidades da área de abrangência da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), durante reunião extraordinária, realizada na manhã desta segunda-feira (28), na sede da entidade.
Dos 30 prefeitos, 11 estiveram presentes. Os demais não conseguiram participar do encontro, por causa da falta de combustível nas cidades deles. De acordo com o presidente da Amusep, prefeito de São Jorge do Ivaí, André Luís Bovo, a paralisação dos caminhoneiros afetaram as reservas de combustíveis das prefeituras, que racionaram o uso da frota de veículos, principalmente do transporte escolar; o estoque de gás de cozinha, que impede o preparo da merenda escolar; e até o recebimento dos alimentos usados nas refeições oferecidas aos alunos.
Outra decisão do encontro foi a de o corpo jurídico da Amusep elaborar um texto base para um decreto que reconheça a situação de emergência e permita aos prefeitos agirem em casos específicos. Por exemplo, para comprar combustíveis em outro local que não o licitado para fornecer os produtos para o Município. “Vivemos um momento atípico e precisamos de segurança jurídica para manter a estrutura dos serviços públicos em funcionamento”, reforça.
Bovo destaca que as medidas, a princípio, são válidas até sexta-feira. Mas, ressalta, podem ser prorrogadas caso o movimento dos caminhoneiros persista. De acordo com o presidente, os prefeitos vão ficar em contato permanente para poderem tomar outras decisões sem que haja a necessidade de uma nova reunião presencial, justamente, para evitar deslocamentos e o consumo de combustível, que está em falta.