Agregar o ensino profissionalizante à grade curricular para reduzir o índice de evasão escolar do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), atualmente na casa dos 87%. A proposta foi apresentada, nesta quinta-feira (10) à tarde, a secretários, diretores e técnicos da área de Educação das 30 cidades da área de abrangência da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep). O encontro ocorreu na sede da entidade, em Maringá.
Os detalhes do Proeja, como é denominado o projeto, foram repassados pelo pró-reitor de Pós-Graduação do Centro Universitário Filadélfia (Unifil), Francisco Carlos D’Emílio Borges. “Criamos mecanismos para manter os alunos do EJA em sala de aula até a conclusão do curso. É inadmissível que em um grupo de 100 matriculados, apenas 13 recebam o diploma”, destacou.
Pela metodologia elaborada pela Unifil, as disciplinas profissionalizantes são ministradas durante o período normal de aula e pelos professores da Rede Municipal de Ensino. Além do conteúdo teórico, os alunos fazem estágios nas empresas. Os temas dos cursos são definidos a partir das necessidades dos municípios. Os recursos para viabilizar a iniciativa são do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), do Governo Federal.
Borges ressalta que o Proeja fá foi implantado em 14 municípios e os resultados foram acima do esperado. A evasão foi revertida e, com o dinheiro recebido do Ministério da Educação, ainda foi possível disponibilizar o conteúdo no ambiente virtual, para reposição de aulas ou atualização a distância; comprar os livros necessários; e instalar laboratórios que, no horário ocioso, é usado pelos alunos do ensino regular.
Câmara Técnica
A reorganização da Câmara Técnica da Educação, outro item da pauta desta quinta-feira, ficou para ser definida em uma nova reunião a ser realizada no próximo dia 24, uma quinta-feira, a partir das 14 horas, na sede da Amusep. Será um encontro exclusivo para os secretários municipais da Pasta. Pelo regimento, apenas eles podem decidir pelas alterações e pela nova composição do Comitê Gestor.
Criada há quatro anos, a Câmara Técnica é um fórum permanente de debates para tratar de assuntos de interesses dos municípios relacionados à Educação. Além de reuniões mensais, são promovidos cursos, palestras, entre outros eventos.