O presidente da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense, prefeito de Floraí, Fausto Eduardo Herradon, recebeu, nesta sexta-feira pela manhã (28), na sede da entidade, o reitor em exercício da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Júlio César Damasceno. Durante mais de uma hora, eles trataram de diversos assuntos. Entre eles, possíveis parcerias a serem firmadas, para beneficiar a população das 30 cidades da área de abrangência da Amusep, e o impasse criado pela decisão, do Governo do Estado, de incluir as instituições públicas de ensino superior no Sistema de Recursos Humanos - RH Meta 4.
Em relação às parcerias, Damasceno, que estava acompanhado do Assessor de Comunicação Social da UEM, Elias Gomes de Paula, afirmou que a Universidade está aberta para elaborar e desenvolver projetos nos municípios. Citou que a Agência de Inovação, em fase final de implantação, será um dos elos para atender demandas tanto do setor público quanto do privado. “Estamos preocupados em criar estruturas para melhorar a relação da instituição com a comunidade”, destacou.
Sobre o Meta 4, ressaltou que a resistência das universidades em ingressar no sistema informatizado gerenciado pela Secretaria de Administração e Previdência, que faz a gestão de pessoal e roda a folha de pagamento dos servidores do Paraná, visa a proteger o patrimônio conquistado que coloca a UEM e a UEL, de Londrina, entre as mais bem conceituadas instituições do gênero no País. Mostrou-se, no entanto, otimista quanto a construir uma solução de consenso junto com o Governo do Estado.
Damasceno aproveitou para fazer dois convites ao presidente da Amusep. Primeiro, para Herradon visitar o campus sede da UEM e, segundo, para participar de uma audiência pública a ser realizada, pela Assembleia Legislativa, em data e horário a serem divulgados em breve, para debater, justamente, a questão do Meta 4. O reitor em exercício acrescentou que tem feito uma série de visitas a líderes da comunidade para expor os argumentos das universidades e que espera contar com a presença deles na audiência pública.
Herradon comentou que ele e a esposa são formados pela UEM. Ele, em Educação Física; ela, em Farmácia. Que reconhece o importante papel desempenhado pela instituição para o desenvolvimento socioeconômico do interior. Adiantou que vai retribuir a visita e que levará, em mãos, algumas carências dos municípios que podem ser atendidas pela Universidade. Também frisou que espera ver o impasse do Meta 4 ser solucionado da melhor forma possível. “O diálogo precisa prevalecer. O Estado e a comunidade científica tem maturidade suficiente para encontrar uma saída satisfatória para ambas as partes”, opinou.