Estabelecer um fórum regional para elaborar e colocar em prática políticas públicas voltadas para o desenvolvimento dos negócios de pequeno porte existentes na área de abrangência da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep). Foi a proposta apresentada, nesta terça-feira pela manhã, durante o Seminário Territorial realizado na sede do Escritório Regional do Sebrae, em Maringá.
O consultor do Sebrae, Marcos Aurélio Gonçalves, destacou que as discussões ocorrerão em encontros do Comitê Territorial a ser constituído com representantes dos 30 municípios da Amusep. “A ideia é compartilhar casos de sucesso e promover o intercâmbio de experiências para reduzir os riscos de erros e ganhar tempo na execução dos projetos”, ressaltou. O evento de formalização está marcado para o dia 21 de julho.
Luiz Carlos da Silva, gerente Regional do Sebrae, em Maringá, acrescentou que o desafio do programa é envolver os agentes de desenvolvimento, tanto públicos quanto privados, para que seja possível estabelecer um “abrangente ciclo de prosperidade” no noroeste paranaense. O presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), Marco Tadeu Barbosa, disse que a iniciativa busca encontrar caminhos para impulsionar a atividade econômica nos municípios da Amusep.
Na avaliação do vice-prefeito de Maringá, Edson Scabora, é preciso dar o devido valor às pequenas empresas que desempenham um importante papel na geração de emprego e renda. O prefeito de Ourizona, Manoel Rodrigo Amado, que falou em nome da Amusep, afirmou que a iniciativa tende a ser um divisor de águas no quesito atração de investimentos, manutenção das empresas existentes, abertura de novos negócios e para alavancar a receita das prefeituras.
Transformação
Para o ex-prefeito de Três Rios, no Rio de Janeiro, Vinícius Farah, os ingredientes para se transformar a realidade onde se vive são trabalho, determinação e foco. Com a experiência de quem, em dois mandatos, adotou uma série de políticas públicas para “reescrever a história do município”, ele citou exemplos que tornaram possível estabelecer um salto no orçamento de R$ 74 milhões para R$ 368 milhões, em sete anos.
Farah declarou ter criado uma “cesta de benefícios” para os empresários, com isenções fiscais, facilidade para abertura de empresas, implantação de condomínios industriais, o surgimento da Companhia de Desenvolvimento, entre outras estratégias. Também atuou fortemente em cursos de capacitação profissional. “Corpo técnico competente, atitude e convencimento. Esse é o nosso jeito de agir”, reforçou.
O resultado foi cerca de 2.500 empresas constituídas em três anos e meio, entre elas unidades da Nestlé e da General Electric, com uma fábrica de turbinas para aviões. “Mais empresas pagam mais impostos. A prefeitura arrecada mais e pode investir em Saúde, Educação, saneamento básico, em transformar, para melhor, a vida das pessoas”, frisou.