Secretário defende especialização dos pequenos municípios

O secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, detalhou na noite de quinta-feira (14), em Maringá, para uma plateia com cerca de 200 empresários e dirigentes municipais, o programa Paraná Competitivo e defendeu a especialização regional para desenvolver as pequenas e médias cidades.



Ele sugere que cada cidade responda à pergunta do que deseja ser quando crescer. Prefeitos da Amusep que acompanharam a reunião gostaram da palestra e a consideram importante para os seus municípios.
“O Paraná Competitivo é um diferencial para os empreendimentos aqui instalados e aqueles que estão procurando onde se instalar. Temos a obrigação de criar um bom ambiente para atrair o máximo desses empreendimentos”, disse Ricardo Barros durante evento promovido pela rádio CBN de Maringá.


Ele lembrou que o Paraná Competitivo já alterou a política fiscal do Estado. Dois decretos assinados pelo governador Beto Richa em fevereiro estabeleceram a possibilidade de postergar o pagamento do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por um período de dois a oito anos. Na prática, a empresa pode se programar para pagar o tributo sem comprometer a produção ou outros investimentos.
Outra modificação aconteceu nas alíquoitas, que antes eram fixas e definidas conforme o IDH da região. Agora o benefício varia de 10% a 90%, a taxa passa a ser definida por comitês formados por técnicos e secretários de Estado e leva em conta critérios como o tipo do investimento, o número de empregos a serem gerados, o impacto econômico e o grau de inovação. Além disso, haverá um conselho consultivo formado por entidades representativas da indústria, comércio, agricultura, transporte e das cooperativas.


Ricardo Barros afirmou que essas modificações motivaram diversos empresários brasileiros e estrangeiros e hoje cerca de 60 grupos empresariais estão analisando o Paraná como possível destino de investimentos. “Isso já é fruto da mudança que o Paraná vive. Hoje o capital é amigo do Estado. Estamos seguindo uma determinação do governador Beto Richa de buscar empreendimentos e investimentos que gerem renda e empregos, principalmente no interior”, disse.
O programa possui cinco linhas de ação. Além da área fiscal, abrange câmaras de infraestrutura, iniciada recentemente; de internacionalização, que está em fase de conclusão com a criação da Agência de Internacionalização do Paraná; de qualificação de mão de obra e de desburocratização, que serão iniciadas em breve.


Ricardo Barros aproveitou a presença de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças da região para destacar a importância de os municípios se especializarem em um setor, qualificando mão de obra e atraindo empresas de outros Estados.
“É uma maneira eficiente de gerar renda e empregos nos pequenos e médios municípios. A especialização torna mais fácil atrair empresas e fortalecer a economia regional”, afirmou, citando como exemplo polos paranaenses como o de Apucarana (bonés), Arapongas (móveis), Cianorte (confecções), Loanda (metais sanitários) e outros.


BARRACÕES INDUSTRIAIS – Ricardo Barros explicou ainda que para incentivar a industrialização do interior, o Governo do Estado entregou ao Ministério das Cidades uma proposta para a criação de um programa de geração de emprego e renda por meio da construção de barracões e parques industriais em pequenas e médias cidades.



Segundo ele, os novos empregos nos municípios vão diminuir o fluxo migratório, principalmente de jovens para grandes centros, aumentar a renda das famílias e criar uma porta de saída do programa Bolsa Família.
“Também estamos estudando a utilização de recursos do Estado e de financiamentos internacionais. Vamos criar oportunidades para a instalação de indústrias no interior”, afirmou