Pelo menos 23 dos 30 membros da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep) suspenderam as aulas ontem. A associação estima que cerca de 37 mil alunos de escolas municipais terão as férias prolongadas até o dia 10, quando as aulas deverão ser retomadas. Nessa data também deverão voltar as aulas das escolas estaduais.
O presidente da Amusep e prefeito de Munhoz de Melo, Gilmar José Benkendorf Silva, diz acreditar que a suspensão das aulas é eficaz contra a propagação da gripe suína. “Atendemos a um pedido da Secretaria Estadual de Saúde, além de o clima estar propício para o contágio da gripe”, declara.
Ele conta que em seu município existiam três suspeitas de Gripe A. Um foi descartado e outros dois esperam resultados de exames.
Em Sarandi, o anúncio da suspensão das aulas foi feito ontem e começa a partir de segunda-feira. Serão 7,5 mil alunos do ensino fundamental e médio e 1,5 mil de centros educacionais. Um total de 18 escolas municipais e oito centros de educação ficarão fechados.
“Não há suspeitas de casos de gripe na cidade. Isso é apenas uma prevenção”, diz o secretário de Comunicação, Geraldo Irineu. Ele ressalta que uma das preocupações do prefeito Milton Martini (PP) é agilizar a condições de atendimento em eventuais casos de gripe suína.
Em casa
A psicóloga Silvana Cavalini Carstens diz que não esperava a prorrogação das férias de seus dois filhos, um de nove anos e outro de um ano e meio, por conta da gripe A.
“Tivemos que reprogramar as férias. As atividades que tínhamos agendado esgotaram-se, agora preciso encontrar ocupação para os dois”, conta. Os filhos dela reclamam que “já assistiram a todos os filmes, já brincaram todas as brincadeiras, já leram todos os livros”.
“Eles me cobraram isso e estamos incluindo mais livros e filmes para ocupar o tempo ocioso até o retorno das aulas”, acrescenta ela, na expectativa que as aulas retornem no dia 10, como o previsto pelas escolas da cidade. “Estamos nos tornando obsessivos sem nos dar conta disso”,diz.
“Preocupo-me quando pego o transporte público. Com o frio, as pessoas deixam as janelas fechadas, não há circulação de ar”, diz a psicóloga Daniela Groxiatti Tudini, de Maringá. Ela conta que, quando chega em casa, lava as mãos com sabonete e depois usa o álcool.
A psicóloga diz que a rotina caseira também mudou. “Não tenho filhos, preocupo-me com meus primos com idades entre 7 anos até 23 anos. E tem também uma menina com dois meses, filha de minha prima”, afirma.