Emprego sobe pelo quarto mês consecutivo em Maringá

Caged mostra que o município teve saldo positivo de 291 vagas de trabalho em abril. No entanto, desempenho é 47% menor ante o mês anterior e 75% inferior a abril de 2008

Vinícius Carvalho
vcarvalho@odiariomaringa.com.br


Maringá teve saldo positivo de 291 empregos em abril, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado, nesta segunda-feira (18), pelo Ministério do Trabalho e Emprego. É o quarto mês consecutivo de desempenho positivo no mercado formal de trabalho, depois do resultado negativo de dezembro de 2008, com saldo de -2.275 vagas.

Em abril foram contratados 5.762 trabalhadores com carteira assinada em Maringá. Do total, 33% foram empregados pelo setor de serviços e 29% pelo comércio. No mesmo período, o número de demissões chegou a 5.471. A prestação de serviços e a construção civil foram os setores da economia com melhor desempenho no mês passado, com saldo de 251 e 156 vagas, respectivamente.

O setor que mais demitiu foi o comércio, que respondeu por 31% dos desligamentos. O saldo do comércio de Maringá foi de –26 vagas. Entre os setores da economia local, o pior desempenho foi registrado para a indústria de transformação, que contratou 1.257 trabalhadores e afastou 1.362 (saldo negativo de 105 vagas). No acumulado do ano, Maringá alcança saldo de 1.766 vagas.

Apesar do saldo positivo, o resultado de abril é 47% menor que o registrado em março, quando o saldo foi de 556 vagas no mercado formal. Na comparação com abril de 2008, quando o saldo foi de 1.190 empregos criados, houve queda de 75% no mês passado.

No Paraná, o saldo de abril foi de 7.937 postos de trabalho abertos – no ano, o acumulado é de 22.865 vagas. Em todo o País, o mês de abril teve saldo positivo de 106.205 empregos formais.

Obras
A construção civil alcançou em abril o nível mais alto de contratação do ano. No mês foram admitidos 847 trabalhadores e as demissões somaram 691. Nos quatro primeiros meses do ano, as contratações no setor chegam a 3.186 trabalhadores com carteira assinada e os desligamentos a 2.626: saldo de 560 vagas.

Para o engenheiro civil Cláudio Luís Alcalde, responsável pelo cálculo do Custo Unitário Básico (CUB) no Sindicato da Indústria da Construção Civil do Noroeste do Paraná (Sinduscon Noroeste), o saldo positivo do emprego na construção civil de Maringá está associado à redução do preço do material. Em abril, o CUB da construção civil ficou em R$ 763,09, queda de 0,21% em relação a março.

A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em materiais de construção, principalmente o cimento, refletiu no preço básico da construção civil. “As pessoas estão novamente se animando para construir”, comenta. “Não teremos um cenário como o de 2008, em que a construção civil de Maringá cresceu 15%, mas se alcançarmos metade disso será muito positivo”, acrescenta Alcalde.