Seminário apresenta experiência francesa sobre desenvolvimento territorial

Identificar os desafios e iniciar o desenho do roteiro que cada ator vai desempenhar na consolidação do Projeto da Unidade Mista de Desenvolvimento Territorial (UMDT). Foi o objetivo do Seminário Internacional realizado no dia primeiro de junho, no Anfiteatro Professor Doutor Keshiyu Nakatani, localizado no Bloco G 90, no campus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

O evento foi a primeira ação, após o lançamento oficial da UMDT, realizado no dia 13 de maio, durante a Expoingá 2022. Na etapa inicial, o projeto é executado a partir de uma parceria entre a Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), o Instituto para o Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e a UEM.

França

No seminário, o trabalho foi conduzido pelas professoras doutoras Sylvie Lardon e Vanessa Iceri. Sylvie é pesquisadora do Instituto Francês de Pesquisa para a Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente, o Inrae, na sigla em inglês, e do AgroParisTech. Vanessa, formada na UEM, é pesquisadora da Universidade Clermont Auvergne, também, na França.

Em um primeiro momento, os participantes expuseram quais as opiniões deles sobre o projeto da UMDT e que tipo de desenvolvimento eles entendem ser necessário para a região da Amusep. Depois, em grupos, passaram a debater os desafios e o tipo de papel que cada parceiro deve desempenhar para conscientizar e mobilizar os representantes das entidades da sociedade civil e os cidadãos residentes nos 30 municípios da área de abrangência da Associação.

Renome Internacional

Para inspirar os presentes, Sylvie e Vanessa apresentaram trabalhos do gênero já realizados no Canadá, na França e na região Norte do Brasil. Em Quebec, no Canadá, por exemplo, o foco era manter os jovens na localidade de origem. Princípio semelhante ao da criação da UMDT que é o de evitar a evasão da juventude das pequenas cidades.

De acordo com o reitor da UEM, professor doutor Júlio César Damasceno, o projeto da Unidade Mista foi inspirado no trabalho da professora Sylvie, considerada uma das mais renomadas pesquisadoras do mundo quando o assunto é desenvolvimento territorial. “É uma honra poder contar com a professora Sylvie na nossa ação inicial da UMDT”, destacou.

Perenidade

Ele ressaltou que a essência do projeto é a visão de longo prazo, com iniciativas que vão além das pessoas. “Buscamos um mecanismo de promoção do desenvolvimento que seja perene. Que se reinvente e se renove para ter continuidade”, afirmou.

O presidente da Amusep, prefeito de Santa Fé, Fernando Brambilla, declarou que o desejo dele é ver a UMDT como modelo. “Esperamos colher resultados que motivem outras regiões do Paraná e até de outros estados a seguirem caminho semelhante ao da nossa região”, comentou. O gerente da mesorregião noroeste do IDR, José Jaime Lima, acrescentou que o seminário é um marco para o início do processo para estabelecer uma linguagem única e a integração dos parceiros iniciais do projeto.

Em quarentena, por causa da Covid-19, o pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UEM, professora doutora Sandra Mara de Alencar Schiavi, coordenadora das ações da UMDT, na Universidade, acompanhou os trabalhos de casa. “É a realização de um sonho. Espero que a conexão entre Maringá e a França se mantenha ativa e convergente para termos colheita farta em um breve futuro”, frisou.